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O que é o Custo Efetivo Total (CET)? Entenda como calcular!
- Finanças
- 17/10/2023
- 7 minutos de leitura
O Custo Efetivo Total é a soma dos juros e de outros encargos importantes do seu financiamento. Saiba como calcular.
O Custo Efetivo Total (CET) é uma parte importante de qualquer contrato de operação financeira. Com ele, você entende não apenas os juros ou tarifas de registro, mas todas as cobranças que farão parte da sua negociação nos próximos meses.
Pensando nisso, elaboramos este artigo com todas as informações sobre o CET e como calculá-lo. Boa leitura!
O que é o Custo Efetivo Total (CET)?
O Custo Efetivo Total (CET) é o valor real que será pago pelo indivíduo em uma operação financeira, considerando os juros e também outras cobranças adicionais, como encargos, seguros e impostos.
Esse percentual foi criado pelo Banco Central em 2007 e engloba todas as incidências que o contratante assume em seu acordo, mesmo que o montante integral não seja divulgado em um primeiro momento.
O indicador é representado na forma de percentual, seja ao mês, seja ao ano, e as companhias bancárias devem informar obrigatoriamente esse valor antes de qualquer negociação de crédito, como empréstimos ou financiamentos.
No entanto, vale reforçar que o Custo Efetivo Total não influencia diretamente todas as operações de crédito. Mesmo que a compra de um imóvel envolva uma série de encargos e taxas de registro, caso o cliente opte por realizar amortizações, o recálculo ocorrerá com base nos juros, não alterando, necessariamente, o valor do CET.
Qual é a diferença entre taxa de juros e Custo Efetivo Total?
A taxa de juros é apenas um dos indicadores que fazem parte do Custo Efetivo Total. Nesse caso, ambos são cobranças que o indivíduo precisa pagar após uma operação financeira, mas seus valores são diferentes.
Na prática, o CET inclui as tarifas de juros na sua somatória, enquanto as taxas de juros não apresentam todos os encargos e adicionais que um contrato pode ter. Vale reforçar que o Custo Efetivo Total costuma ser menos divulgado em campanhas e publicidades, pois tem um total maior.
Por exemplo, o banco A pode apresentar tarifa de 6% ao mês, enquanto o banco B informa 7% ao mês. No entanto, com os encargos, o CET do banco A é de 10%, ao passo que o do banco B é de apenas 9%.
Dessa forma, embora os juros sejam menores, o Custo Efetivo Total o engloba com outros encargos, aumentando assim o total. Portanto, é importante conferir esse montante, tendo uma visão mais transparente do quanto você precisará pagar ao final do acordo.
Quais encargos e despesas compõem o cálculo do CET?
Para entender o que é o Custo Efetivo Total, é importante saber quais encargos e despesas compõem o seu cálculo. Os principais indicadores incluem:
- Parcelas de pagamento;
- Taxa de juros nominal;
- Taxas de abertura de crédito;
- Seguros;
- Tarifas administrativas como a Tarifa de Abertura de Cadastro;
- Imposto sobre Operações Financeiras (IOF);
- Comissões;
- Outros custos relacionados.
O percentual de cada elemento deve estar indicado no contrato completo que o cliente assina junto à companhia, mesmo que a única divulgação seja dos juros, por exemplo. Além disso, se a empresa tiver outras cobranças justificadas, elas serão descritas no Custo Efetivo Total do empréstimo, financiamento ou no crédito adquirido.
Ainda vale reforçar que algumas tarifas podem não estar diretamente relacionadas ao produto do banco, mas são incluídas no CET. Por exemplo, se um cliente adquire um imóvel, a porcentagem total apresenta juros, seguros, abertura de cadastro e outras tarifas independentes, como registro de imóvel ou inscrição imobiliária.
Contudo, somente as atividades realizadas pela companhia bancária e descritas em contrato entram no Custo Efetivo Total.
Como calcular o Custo Efetivo Total?
O cálculo do Custo Efetivo Total exige que o cliente reúna todas as cobranças e faça a soma, identificando o montante integral da operação. Para chegar nesse resultado, é possível seguir estas etapas:
- Confira os juros totais;
- Verifique taxas e encargos independentes;
- Confirme os impostos cobrados;
- Encontre a taxa de seguro, se existir;
- Confira se existem cobranças adicionais;
- Some todos os itens.
Na prática, a fórmula de cálculo do Custo Efetivo Total é: CET = juros + taxas + encargos + tributos + seguros.
Os juros compõem a maioria desse total, mas outras despesas também podem ser significativas no momento de verificar o valor integral. Também vale reforçar que o cálculo do Custo Efetivo Total depende das mesmas medidas apresentadas em todos os componentes.
Por exemplo, se os juros e as tarifas estiverem em porcentagem, o CET também estará nessa proporção. No entanto, como muitas tarifas são informadas em valor monetário, é interessante que o cálculo também utilize os montantes em vez de percentuais.
Qual é o CET de um financiamento imobiliário?
O CET de um financiamento imobiliário varia conforme a instituição escolhida, as tarifas independentes e outros serviços incluídos.
O Banco Central do Brasil informa, por exemplo, que os valores de juros cobrados no mercado variam entre 10% a 26% nas principais instituições. Com isso, a taxa do Custo Efetivo Total considera essa tarifa e outras cobranças, variando entre 20% a 40%.
Além dos juros, também podem existir outros componentes, como seguros, abertura de cadastro e procedimentos judiciais, como averbação do imóvel.
Por que calcular o Custo Efetivo Total?
Em um financiamento imobiliário, empréstimo ou crédito, o Custo Efetivo Total é o que informa o valor real pago pelo cliente. Por isso, é fundamental calculá-lo e conferir o detalhamento no contrato antes de fechar o acordo.
Dessa forma, você terá informações transparentes para comparar, sabendo qual o montante integral que será cobrado no negócio, e não apenas os juros ou tarifas de inscrição.
No entanto, calcular o CET sem instruções pode ser complicado. Nesse caso, conte com um especialista da Direcional para auxiliar você nessa avaliação. Entre em contato conosco e fale com nossa equipe.
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